Fontes

Fonte da Praça

Construída em 1911, na Praça da Igreja, marca a chegada do comboio a Carviçais. A sua construção derivou da necessidade da água para abastecer o depósito da estação. A água para a Fonte da Praça proveio da Resenha, por condição imposta à CP, de que só se cederia o fornecimento da água à Companhia dos Caminhos de Ferro, se 50% da mesma revertesse a favor da população, sendo canalizada para a Praça. Deste modo, a Companhia responsabilizou-se pelos trabalhos de canalização, desde a nascente até à referida Estação. Posteriormente, a canalização até à Praça, teve a colaboração financeira e o trabalho braçal do povo de Carviçais. Assim, foi construído um tanque de pedra, contíguo à parede do adro da igreja, encimado por um gradeamento alto em ferro, pintado de verde, que, orgulhosamente, ostenta, ao centro, o símbolo da bandeira, cuja inscrição refere “República Portugueza” e a respectiva data de inauguração da chegada do comboio, em 1912. Na base do tanque, uma pedra facilita o acesso à bica que corre incessantemente, apresentando de lado um banco também ele de pedra, cujo encosto é, em simultâneo, o corrimão das escadas de uma das entradas do adro da igreja. A Fonte da Praça era local de comunicação entre o elemento feminino da população, geralmente encarregado de transportar a água para os domicílios em cântaros de barro.

Fonte do Gil

O nome “Gil” advém do facto de o proprietário do terreno se chamar Gil. Situada cerca de 200 metros a sul da povoação, ao fundo da íngreme rua do mesmo nome que, descendo quase da Praça, junto à casa do Abade, assume um declive que se vai acentuando, possui antiga calçada e caracteriza-se por possuir um chafariz, todo em granito, servido por dois canos cilíndricos, saídos de dois florões artísticos, e era encimado por dois pináculos e por uma cruz. É de estilo barroco Jesuítico, e foi concluído no ano de 1735. 

Ainda hoje aí existem os lavadouros públicos, dois grandes tanques todos em pedra, para onde escorre a água excedente do chafariz, sendo diariamente utilizados, dado a temperatura da água, sempre corrente, no Inverno, ser bastante amena e, no Verão, muito fresquinha. Tinha a sua história romântica, pois era famosa por ser o encontro e o local preferido de namorados. Dizia-se que quem bebesse daquela água ficava apaixonado pela terra e nunca mais a deixaria.                         

Fonte do Prado

Tanque da Fonte do Prado, foi construída em pedra, em 1901, toda em granito e era abastecida com a água que jorrava da Fonte Velha.

O tanque contíguo servia de bebedouro aos animais aquando do regresso dos trabalhos agrícolas.

A Fonte Velha foi demolida, em 1937, por razões sanitárias, quando do primeiro calcetamento do bairro da Fonte do Prado.

Fonte Velha - Medieval

Considera-se ter sido a primeira fonte pública da aldeia, na Fonte do Prado, denominada de mergulho, ou “cachapuz”.

Era em estilo românico toda em pedra, cujas captações se situam nas proximidades dos limites da povoação e junto à qual, na altura, não existia qualquer habitação. A água vinha de um terreno particular, o Loureiro. Este tipo de fontes era comum, encontrando-se em todo o distrito, e com a particularidade de todas serem de mergulho, com nascente de cisterna.

Porém a de Carviçais, além deste tipo de nascente, tinha uma peculiaridade: possuía uma outra que corria em bica, no seu interior, através de um canal de granito.

Passando a ser utilizada apenas para molhar vencelhos, aquando da construção da Fonte do Prado, foi demolida, em 1937. ficando na altura com uma abertura, vindo posteriormente a ser aterrada na sua totalidade.

As pedras provenientes da sua demolição, foram utilizadas na construção do Urinol na Praça.

Fonte do Seixo

Situada à saída da povoação, junto à EN 220, na direção de Freixo de Espada À Cinta, toda feita em pedra, possui dois tanques contíguos e uma bica que corre sempre, tendo como nascente a água que vem da Resenha.